Você se empenhou nos estudos durante o ano inteiro e, finalmente, conquistou a tão sonhada vaga na faculdade. Porém, para muitos alunos, o drama não acaba por aqui: é preciso encontrar uma maneira de conseguir arcar com as mensalidades do curso.
O que muitos não sabem: dá para fazer faculdade e pagar depois de formado. Ou, até mesmo, conseguir financiamentos por meio de bancos e de empresas de crédito, o que já ajuda bastante a conciliar o valor da graduação com os demais gastos do estudante.
Se você também tem dúvidas em relação a financiamentos estudantis, não perca a oportunidade de ler este texto. Nele, vamos explicar melhor como funcionam os 3 principais tipos de financiamento: pelo banco, por empresas de crédito e pelo FIES (Fundo de Financiamento Estudantil). Confira!
Financiamento pelo banco
O financiamento estudantil privado por meio de instituições bancárias funciona como um empréstimo, em que o estudante recebe um crédito para pagar o curso e terá um prazo para quitar o valor da dívida.
Em linhas gerais, é semelhante às outras opções de empréstimo oferecidas por essas instituições, sendo um produto, e não um benefício. Por isso, é preciso ter atenção a juros, ajustes, taxas administrativas e demais acréscimos que você deverá pagar pelo dinheiro emprestado.
As condições costumam variar dependendo do banco escolhido. Portanto, nos próximos tópicos, vamos esclarecer melhor como o financiamento estudantil funciona nas principais instituições.
Financiamento pelo Banco do Brasil
O Banco do Brasil oferece uma linha de crédito para os seus correntistas que precisam de um financiamento visando pagar a faculdade: o BB Crédito Consignado. Com ele, é possível pagar tanto cursos de graduação como de pós-graduação em até 96 meses.
Como os valores são creditados diretamente na folha de pagamento, é preciso que o interessado tenha um trabalho em regime de CLT, além de um convênio ativo com o banco.
Financiamento pelo Bradesco
O Crédito Universitário Bradesco oferece a opção de conseguir um financiamento de até 100% para o semestre em que o estudante está matriculado, podendo pagar o valor em até 12 meses. Caso seja necessário um novo empréstimo para o segundo semestre, o banco faz uma nova análise, contanto que o pagamento das parcelas esteja em dia.
O financiamento está disponível para estudantes de instituições conveniadas, e as parcelas são debitadas automaticamente na conta-corrente do contratante. Porém, atenção: ele não será válido para o pagamento de matérias em que o aluno foi reprovado (as famosas DPs).
Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco
Diferentemente das instituições anteriores, tanto a Caixa como o Itaú não apresentam uma opção de financiamento estudantil. Porém, oferecem algumas vantagens para os seus correntistas que estão cursando o ensino superior.
No caso da Caixa, é possível obter o Cartão Caixa Universitário, que oferece condições diferenciadas de anuidade, financiamentos e parcelamentos, entre outras vantagens para o estudante. Já o Itaú conta com a MaxiConta Universitária, que oferece um cartão com anuidade reduzida e um pacote de serviços diferenciados.
Financiamento pelo Santander
Apesar de não ter uma opção para a graduação, o banco Santander oferece o Crédito Educação Continuada, que pode ajudar os estudantes que tenham interesse em cursos de pós-graduação ou MBA, podendo financiar até 100% do valor total e pagar em até 36 meses.
Financiamento por empresas de crédito estudantil ou administradoras de consórcio
Além das opções de financiamento estudantil oferecidas por instituições bancárias, também é possível contar com as empresas especializadas em oferecer créditos estudantis e com as administradoras de consórcio para financiar cursos técnicos, de graduação ou pós-graduação.
As empresas de crédito estudantil oferecem financiamento a alunos que já estão matriculados em instituições conveniadas e com o curso em andamento. As regras de pagamento variam de acordo com a credora; por isso, é preciso consultar cada uma individualmente.
Contudo, é preciso ter cautela, uma vez que o estudante contrairá uma dívida junto à organização. Por isso, é preciso avaliar os prós e os contras de tal contratação.
Já as administradoras de consórcio oferecem a possibilidade de crédito para pagar uma vasta gama de serviços e bens, como imóveis, carros, viagens e, até mesmo, cursos de graduação. Basta verificar os planos disponíveis e optar por aquele que melhor se encaixe às suas necessidades, com base no valor do curso, na duração do plano e na quantia que você poderá pagar por mês.
A grande vantagem dessa opção de financiamento privado é que, diferentemente das demais opções, não será preciso pagar juros sobre o valor do crédito, ainda que ocorra a cobrança de algumas taxas.
Financiamento pelo FIES
Por fim, temos a opção do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), criado pelo governo federal para incentivar e possibilitar que as pessoas de baixa renda ingressem no ensino superior, permitindo usar a nota do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) para fazer faculdade e pagar depois da formatura.
O programa entrou em vigor em 2001, por meio da Lei nº 10.260, e visa auxiliar os estudantes já matriculados em instituições privadas com o financiamento de entre 10% e 100% do valor das mensalidades. Porém, é preciso que o curso escolhido seja avaliado com nota 4 ou 5 pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Para participar do FIES, o interessado precisará cumprir os seguintes pré-requisitos: não ter concluído um curso de ensino superior, ter renda familiar per capita de até 2,5 salários mínimos e ter a nota do Enem igual ou superior a 450 pontos, além de não ter zerado a redação.
O pagamento do FIES ocorre em três etapas:
- fase de utilização — enquanto o estudante está cursando a graduação, ele paga um valor de até R$ 150 a cada 3 meses;
- fase de carência — após a formatura, ele continuará pagando a taxa de R$ 150 a cada 3 meses para aliviar os juros do financiamento, durante os próximos 18 meses;
- fase de amortização — após o término desses 18 meses, começa o pagamento mensal do financiamento, que deverá ser quitado em até 3 vezes o período do curso (ou seja, se a duração da graduação foi de 5 anos, o indivíduo terá até 15 anos para pagar o financiamento).
Uma vez que há juros sobre o financiamento, dificultando ao interessado ver se o FIES vale mesmo a pena para a sua situação econômica, o MEC (Ministério da Educação) disponibiliza uma ferramenta online para simular os valores a serem pagos.
Como vimos, com a opção do financiamento estudantil, é possível sim fazer faculdade e pagar depois. Por isso, não perca mais tempo: analise agora mesmo as condições de cada opção que apresentamos neste post e veja qual delas combina melhor com a sua situação financeira.
Se você gostou deste post e está pronto para dar o próximo passo em direção ao tão sonhado diploma do ensino superior, entre em contato conosco e veja como podemos ajudar a conquistar a carreira dos seus sonhos!