Se você conhece alguém que tem uma imensa dificuldade de reconhecer o próprio valor e os seus pontos positivos ou se identifica com essa descrição, vale a pena saber o que é a síndrome do impostor.
Esse é um termo que está sendo bem discutido nos últimos anos, pois foi percebido o impacto que os sentimentos de desmerecimento e inabilidade trazem para a vida pessoal, acadêmica e profissional de uma pessoa.
Por esse motivo, resolvemos trazer o assunto neste post para você entender melhor a síndrome do impostor, as suas principais características e como superá-la. Acompanhe e saiba mais!
O que é a síndrome do impostor?
Achar que alcançar um objetivo ou realizar algo significativo na vida foi apenas sorte, mas nunca mérito, pode se tornar um grande problema na autoestima das pessoas. Em alguns casos, esse é um indício da síndrome do impostor. Trata-se de uma desordem psicológica que interfere na autopercepção de uma pessoa em relação às suas conquistas.
Basicamente, indivíduos que sofrem com a síndrome do impostor não conseguem ou apresentam uma enorme resistência para reconhecer que as suas realizações aconteceram por conta dos seus esforços, suas habilidades e seus méritos. Por isso, atribuem essas conquistas a intervenções externas.
Diferentemente da modéstia, a síndrome do impostor traz consequências negativas nos âmbitos psicológico e social. Ela provoca sentimentos de insuficiência, medo de falhar, complexo de inferioridade, perfeccionismo, pensamentos obsessivos, entre várias outras inseguranças pessoais.
A síndrome do impostor pode surgir desde a infância, principalmente em famílias que criam muitas expectativas no futuro dos filhos. Crianças que tiveram pais muito exigentes e críticos também são mais propensos a apresentarem esse problema. No entanto, essa desordem pode se desenvolver ao longo da vida, sobretudo diante de acontecimentos decisivos, como vestibular ou entrevista de emprego.
Quais são as suas principais características?
Para saber o que é a síndrome do impostor, na prática, é interessante conhecer os principais sinais apresentados por um indivíduo que está passando por esse problema. Então, confira abaixo algumas das suas principais características.
Cobrança excessiva
A autocobrança está presente em diversos transtornos psicológicos, inclusive na síndrome do impostor. Essa obsessão em fazer com que as coisas deem certo, muitas vezes, surge como uma vontade inconsciente de um indivíduo se provar merecedor das próprias conquistas.
No entanto, essa cobrança excessiva costumar vir junto de críticas pesadas sobre si mesmo. Desse modo, é colocada uma grande pressão para conseguir bons resultados em tudo o que faz. Isso pode fazer com que a pessoa alcance justamente o contrário do que está buscando.
Procrastinação
Há, também, o aumento da tendência de adiar a realização das tarefas. Por se colocar uma grande expectativa, uma pessoa com síndrome do impostor evita constantemente testar as suas habilidades, até mesmo em atividades simples do dia a dia. Isso acontece devido ao medo de falhar e se sentir incapaz de atingir o resultado esperado.
Desse modo, o perfeccionismo traz a procrastinação e, por consequência, faz com que o indivíduo adie até o último minuto possível a realização de uma tarefa. Quando isso se torna um hábito, o estresse e a ansiedade podem aumentar, transformando-se até em outros transtornos. Além disso, fica bem mais difícil seguir uma rotina.
Dificuldade de ver valor em si mesmo
Como vimos, essa é uma das características mais marcantes da síndrome do impostor. A sensação de ser insuficiente para aquela vaga na faculdade, para um emprego ou para andar com os amigos e estar em um relacionamento são alguns exemplos de como essa desordem afeta o psicológico e as relações sociais de uma pessoa.
Mesmo que o indivíduo receba elogios e feedbacks positivos das atividades que realiza, esse sentimento persiste e traz sofrimento no dia a dia. Por esse motivo, torna-se um problema que precisa ser resolvido, a fim de cultivar mais bem-estar e saúde mental.
Autodepreciação
Esse conjunto de sentimentos faz com que um indivíduo se enxergue de forma depreciativa, o que se relaciona ainda mais com a autocobrança, às vezes, até como maneira de se punir. Nesses casos, é comum a intolerância aos próprios erros, o perfeccionismo e a obsessão em agradar às outras pessoas.
Além disso, a autodepreciação leva ao sentimento de inferioridade. Dessa forma, a pessoa começa a se convencer de que todo mundo consegue ser melhor que ela em uma determinada atividade, mesmo as mais corriqueiras.
Medo de exposição
Outro traço comum no dia a dia de pessoas com a síndrome do impostor é o medo de que os outros percebam as suas falhas ou inabilidades da mesma forma que elas as enxergam. Sendo assim, o comportamento recluso e o distanciamento social costumam aparecer.
O medo da exposição está intrinsecamente ligado à sensação de ser um impostor em um espaço e, por conta disso, receber julgamentos e avaliações. Por esse motivo, o indivíduo prefere não receber tanta visibilidade para evitar situações desse tipo.
Como superar a síndrome do impostor?
Quando a síndrome do impostor não é devidamente tratada e acompanhada por um profissional da Psicologia, ela pode acarretar outros problemas, como transtornos de ansiedade e depressão. Por esse motivo, é preciso buscar algumas soluções para lidar com essa mistura de sentimentos no dia a dia. A seguir, confira algumas dicas para começar a superar esse desafio.
Trabalhe o autoconhecimento
O autoconhecimento envolve reconhecer tanto o seu lado bom quanto o ruim. Desse modo, é possível se identificar como um ser humano, com defeitos e qualidades, sem se apegar apenas aos pontos negativos.
Reconheça suas habilidades e seus esforços
Já que o autoconhecimento ajuda a identificar as suas habilidades, por que não se esforçar para reconhecê-las no dia a dia? Valorizar o próprio empenho e a capacidade de realizar diferentes coisas é importante para lutar contra o sentimento de impostor.
Busque ajuda psicológica
Ter o apoio de um psicólogo vai ajudar você a encontrar as ferramentas para interromper o ciclo de autocobrança e autodepreciação. Assim, é possível ter um novo olhar sobre a própria personalidade, conquistas e qualidades.
Identifique os gatilhos
Também é importante saber como lidar com a síndrome do impostor no dia a dia. Para isso, o ideal é descobrir o que faz com que os pensamentos surjam, de modo a aprender a evitar ou enfrentar essas situações.
Saber o que é a síndrome do impostor é apenas o primeiro passo para se motivar a se libertar desses pensamentos ou ajudar um colega que está passando por esse problema. Contar com apoio psicológico e com o suporte de familiares e amigos também vale muito a pena. Assim, é possível aprender aos poucos a se valorizar e a reconhecer o próprio merecimento.
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