Você consegue reconhecer quais são os erros comuns de português que devem ser evitados na redação ou em demais textos?
Sabemos que a língua portuguesa gera muitas dificuldades na maioria das pessoas, pois existem diversas regras e exceções que causam confusão. No entanto, quando você passa a dominar essas técnicas, a sua escrita fica muito mais potente e as chances de conseguir uma boa nota no Enem aumentam.
Para isso, é necessário aprender como superar as dificuldades mais comuns da língua portuguesa. Para ajudar você nessa missão, listamos 10 erros que devem ser evitados nas provas. Acompanhe e saiba mais!
Por que é importante evitar erros comuns de português?
Antes de conhecer os erros que as pessoas mais cometem em textos na língua portuguesa, é importante ter em mente por que é necessário escrever bem. A escrita nada mais é do que uma das formas de expressão mais utilizadas no cotidiano e que faz toda a diferença em vários aspectos da vida.
Desse modo, quem aprende a escrever e ainda foge de erros típicos consegue evitar problemas que podem atrapalhar o futuro profissional e pessoal, além de aproveitar algumas vantagens. A seguir, confira algumas delas!
Bom desempenho no vestibular
Para conseguir uma boa nota no vestibular, é importante ter conhecimentos sólidos das estruturas básicas da língua portuguesa. Isso significa que cometer erros comuns de português pode prejudicar consideravelmente o seu desempenho.
É por isso que é importante saber como evitá-los é fundamental para se preparar para os vestibulares como o Enem, controlar a ansiedade antes da prova e garantir uma maior pontuação, tanto na parte de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias quanto na redação. Portanto, aprenda a identificar e corrigir erros clássicos em seus textos.
Menos dificuldade na universidade
O Ensino Superior traz vários desafios na vida de uma pessoa, devido à longa jornada de aprendizado — mas que vale muito a pena. No entanto, quando o estudante tem habilidades com a escrita, é possível superar diversas dificuldades de maneira muito mais prática.
Dessa forma, quem consegue fugir de erros de português nos trabalhos acadêmicos, no dia a dia universitário e nas demais atividades da faculdade, conta com mais facilidade no curso superior, além de, consequentemente, aproveitar melhor essa fase.
Facilidade para se comunicar
Como visto, a escrita é um dos meios de comunicação mais utilizados no dia a dia. Entretanto, quando existem erros de português nos textos, a mensagem pode ficar comprometida e o leitor tem grandes chances de não compreender o verdadeiro objetivo do escritor.
Em outras palavras, erros comuns de português podem atrapalhar na comunicação, prejudicando um dos aspectos fundamentais do desenvolvimento pessoal e profissional de um indivíduo.
Melhores oportunidades no mercado de trabalho
Além do mais, o mercado de trabalho é muito mais convidativo para os profissionais que se destacam. Uma escrita de qualidade é um ótimo diferencial para apresentar nos processos seletivos e em qualquer momento da carreira.
Sendo assim, evitar erros comuns de português é importante também para ter acesso a melhores oportunidades no mercado de trabalho e, assim, caprichar no desenvolvimento profissional.
Quais são os erros de português mais cometidos?
Agora, sim, chegou o momento de descobrir o que é preciso evitar na sua escrita. Você vai perceber que muitos dos erros comuns de português são sutis e fáceis de gerar confusão. Por esse motivo, a primeira dica é ter muita atenção na hora de redigir um texto.
A seguir, veja os erros de português que você precisa evitar, ao máximo, na sua escrita!
1. Parônimos
Vamos começar pelos parônimos. Eles são palavras com a escrita ou a sonoridade muito parecidas. Por isso, é comum que sejam confundidas na hora de escrever um texto.
Quer ver um exemplo? As palavras “concerto” e “conserto” têm significados bem diferentes, mas a grafia geralmente se confunde, afinal, muda apenas uma letra. O primeiro termo é sinônimo de “show”, enquanto a segunda palavra quer dizer “reparo”.
Dentro dessa lista, podemos citar vários outros casos, como:
- acento (sinal gráfico) e assento (local de se sentar);
- sessão (espaço de tempo), cessão (ato de transferência) e seção (divisão);
- calda (líquido, como a cobertura de um bolo) e cauda (extensão do corpo de alguns animais; “rabo”);
- traz (do verbo “trazer”) e trás (lugar atrás);
- eminente (algo elevado) e iminente (alguma ameaça que está próxima de seu acontecimento).
2. Há, à e a
Essas três palavras também causam uma enorme confusão na hora de serem aplicadas em uma frase. A palavra “há”, referente ao verbo “haver”, deve ser usada sempre para indicar algo que já aconteceu. Por exemplo, “Há muito tempo que estudo para o Enem”.
Geralmente, esse termo se confunde com a preposição “a”, que costuma ser mais usada em frases como “Daqui a 3 dias o exame do Enem vai ser aplicado” ou “O local da prova fica a dois quarteirões da minha casa”.
Já o “à”, a crase, significa “para a”. Suas aplicações são feitas, na maioria das vezes, antes de palavras femininas ou de locuções adverbiais de tempo, modo e lugar. Alguns usos do termo seriam nas frases “Quero ir à praia depois da prova do Enem.” ou “O exame tem início às 13h.”.
3. Ir de encontro a ou ir ao encontro de
Por mais que as duas expressões se pareçam, elas também têm significados diferentes, praticamente opostos. Quando você diz “Ir ao encontro de”, tem a intenção de falar que tudo ocorreu de acordo com as expectativas ou que algo está em conformidade com outra coisa.
Entretanto, “Ir de encontro a” quer dizer justamente o contrário. Esse é um termo usado quando queremos dizer que duas coisas não estão compatíveis umas com as outras, gerando um conflito.
4. Vir, ver e vier
A conjugação desses três verbos também faz parte dos erros mais comuns de português. Mas vamos simplificar para você:
- vir é usado para falar sobre algo relacionado com o verbo ver — “Se eu vir uma questão de Literatura no Enem, vou ficar muito feliz.”;
- ver é o mesmo verbo anterior, mas muda o tempo verbal — “Quero ver o tema da redação do Enem”;
- vier é relacionado com o verbo ir — “Assim que vier a aprovação, vou tirar umas férias”.
5. Em vez de ou ao invés de
Se você achou que “em vez de” e “ao invés de” eram as mesmas coisas, saiba que se enganou. No entanto, você não é a única pessoa que confunde esses dois termos. Afinal, esse é outro dos erros mais comuns de português.
Sempre que temos a intenção de falar que algo aconteceu exatamente ao contrário do que esperávamos, usamos o “ao invés de”. Em um exemplo prático, podemos usar o termo na frase “Ao invés de baixar a minha nota, o professor subiu a minha pontuação”.
Enquanto isso, o “em vez de” é utilizado em quaisquer outros casos de oposição de ideias, como “Em vez de estudar para o Enem, passei a tarde inteira vendo séries”. Desse modo, só use o “ao invés de” quando uma coisa é o extremo oposto da outra.
6. Onde e aonde
“Onde” é um advérbio utilizado para se referir a um lugar, já “aonde” é a combinação da preposição “a” com o próprio “onde”. Mas como usar cada um dos termos corretamente?
Quando surgir a dúvida novamente, troque a palavra “aonde” por “ao lugar”. A frase ficou sem sentido com essa substituição? Então, é um sinal de utilizar o “onde”.
Quer um exemplo? Pense no seguinte diálogo:
— Onde vamos passar o fim do ano?
— Eu vou aonde você decidir.
7. Mais e mas
Essas são palavras que se confundem facilmente por conta da pronúncia parecida. No entanto, ambos são termos totalmente diferentes. Enquanto o “mais” é um pronome ou advérbio utilizado para indicar intensidade, o “mas” é uma conjunção adversativa, que pode ser substituída por “porém”, “contudo”, “entretanto” e vários outros.
É por isso que o truque mais utilizado para saber quando usar cada palavra é substituí-la por outra. Por exemplo, o contrário de “mais” é “menos”, certo? Desse modo, quando surgir a dúvida, inverta o sentido da frase. Se o termo “menos” fizer sentido nessa posição, significa que o correto é falar “mais”.
8. Este e esse
Essa, com certeza, está no top 10 das maiores dúvidas que as pessoas têm com a língua portuguesa. Os pronomes demonstrativos “este” e “esse” são facilmente confundidos, pois trazem o mesmo propósito, que é o de citar um tema.
Mas temos uma dica prática: a ideia já foi apresentada anteriormente no texto? Caso sim, o pronome será utilizado para retomá-la. Sendo assim, o correto é o “esse”. Por outro lado, se o assunto ainda não foi abordado, o termo correto para introduzi-lo é o “este”.
Pense no seguinte exemplo: “Este é um assunto que tenho dificuldade: figuras de linguagem. É por isso que sempre presto muita atenção quando vejo que a questão é sobre esse tema”.
A ideia é falar sobre as figuras de linguagem, certo? Perceba onde foram cada um dos pronomes demonstrativos: o “este” antes do tema principal e o “esse” após. Assim fica muito mais fácil decorar, não é mesmo?
9. Hífen
O hífen é outro sinal gráfico muito comum da língua portuguesa. No geral, esse símbolo é usado para unir palavras, evidenciar prefixos, juntar pronomes oblíquos, entre outras opções.
Uma das suas principais aplicações é para separar substantivos compostos quando o primeiro termina com a mesma vogal que o segundo se inicia, como em “anti-inflamatório” e “micro-organismo”. Espécies de plantas ou animais, assim como alguns locais, também são separados com o hífen. Por exemplo, pimenta-do-reino, bem-te-vi e Grã-Bretanha.
O sinal é utilizado para unir palavras com os advérbios “bem” e “mal”, como “bem-estar” e “mal-humorado” — entretanto, nesse caso, nem sempre é necessário o hífen. Para se certificar de que o símbolo deve ser aplicado, tente inverter a ordem das palavras e verifique se o sentido é mantido, “estar bem” não é a mesma coisa que “bem-estar”, já “mal feito” e “feito mal” significam a mesma coisa, por isso, não é preciso usar o hífen.
10. Uso da vírgula
Quem nunca sentiu dúvida na hora de usar a vírgula? Essa pontuação faz toda a diferença na escrita, porém, nem sempre é intuitivo saber de qual maneira ela deve ser colocada. Por exemplo, antes de “etc.” não é necessário utilizá-la, pois o termo significa “e algo mais”. Você sabia disso?
Algumas ocasiões em que é necessário o uso da vírgula são:
- antes de orações adversativas;
- no encadeamento de ideias;
- depois de vocativos;
- na ênfase de ideias.
Como melhorar a escrita?
O que fazer, então, para fugir dos erros comuns de português e aproveitar as vantagens de ter uma boa escrita? Existem diversas atitudes que você pode tomar para se acostumar com as normas gramaticais da língua portuguesa e evitar problemas nos textos. Confira algumas dicas!
Estude a nova ortografia
O Novo Acordo Ortográfico começou a valer definitivamente, no Brasil, no ano de 2016. Esse documento tem como objetivo padronizar a língua portuguesa entre os países que utilizam o idioma.
Sendo assim, algumas regras passaram por alterações, como o uso do trema, a acentuação em oxítonas, a aplicação do hífen, entre muitas outras. Por esse motivo, é fundamental estudar as novas convenções.
Corrija quantas vezes for necessário
Revise, sempre que possível e quantas vezes for necessário, o seu texto. Isso vai ajudar a identificar os erros que passaram despercebidos no momento da escrita. Ao criar esse hábito, você vai conseguir evitar vários problemas gramaticais com muito mais facilidade.
Não crie o hábito de abreviar
Abreviar palavras ou escrever com pouca atenção se tornou um costume com o uso das redes sociais. Entretanto, isso pode gerar vícios de escrita e fazer com que você não perceba alguns dos erros comuns de português. É por isso que vale a pena evitar esses hábitos e focar em escrever as palavras inteiras.
Como visto, os erros comuns de português, na maioria das vezes, são coisas que confundem a todas as pessoas. No entanto, isso não significa que eles devem ser ignorados. Por isso, comece a colocar em prática essas dicas e capriche na boa escrita. Além disso, sempre que surgir alguma dúvida, não perca a oportunidade de procurar um material confiável ou de tirá-la com uma pessoa que conheça o assunto.
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